segunda-feira, 24 de março de 2008

Seria uma paz transformar aquela burguesinha (ela se chamava Lúcia) em mais uma boneca do sexo na caderneta do Jeová, o cafetão mais pragmático & fudido da região. E o pior é que ela me dava bola usando daquele delicioso jogo de sedução que começava com suas pernas, mas naquele dia eu não sabia nem meu nome quanto mais teria a capacidade de trocar uma idéia com ela. Deixei pra outro dia. Esse seria de praxe. Andei o corredor de ferro que fica na parte de trás do prédio que eu moro até chegar no banheiro; ele ficava fora do quarto que eu pagava quando tinha grana. Depois peguei minhas tralhas & fui dá uma volta, com a imagem daquela mulher me circulando como o fatal aroma de um perfume. Dei bandas pra sul, lá tinha um pube que eu gastava bastante tempo, era o meu verdadeiro lar; quem me dava conselhos eram as garrafas e quem me agredia depois com a razão era a porta batida nas minhas costas pela falta de paciência do Dorival em pedir que eu caisse fora, porque ele queria ir pra casa ver seus filhos e sua mulher(nessa ordem, seus filhos primeiro, sua mulher depois). Eu vivia nessa igreja com devoção, só não deixava ficar clichê demais, por isso hoje me joguei pra sul, mas não pro pube do Dorival, um amigo que tentava me ajudar com um vício.



p.s: fragmento de conto!

6 comentários:

ana disse...

the buk is on the table. or in the screen.

essa coisa de bukowski vai ser repugnante quando virar modinha.uma pena. porque os caras que fedem suvaco e bebida de verdade mal sabem ligar um computador.

Anelise Freitas disse...

eu li coisa marginal demais ultimamente.

até me atacou o refluxo, sabe.

Luciana Borges disse...

:D

hehe

bjos peota, ops, poeta do bem (do bem dizer)...

:)

;*

OpostoposTo disse...

OLha...
Será que Bukowski vira moda?
As pessoas fogem do escatológico... E do neo escatológico também. Rs! O mundo prefere Rosamunde Pilcher... E coisas afins.
Pra engolir o nosso cronista/poeta/ou sei lá o que beat precis de uma boa dose de rabo-de-galo pra descer redondo...
E uma dose de cinismo de barril.
E gostar de Epicuro na forma mais hedionda possível!

Ana.,.. Que teus vaticínios não se tornem reis. Tenho uma paixão pervertida pela marginalidade unilateral!

ana disse...

bukowski parece beat. mas não é.
e essa coisa de dizer o que é e o que não é é foda. e ruim.fodam-se as dimensões das características pra ser clássico ou beat ou marginal.o problema é que tudo vira modinha. até o nada.

e antigamente garotas de 14 anos gostavam de backstreet boys. hoje em dia gostam de the strokes.

blargh!

Anelise Freitas disse...

nota: ana gosta de backstreet boys; não gosta de strokes;

anota: eu gosto de um monte de coisa. e foda-se.